terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Viajando no Casco do Mundo

Olá aventureiro então retornou? Bom talvez a história seja melhor que as lembranças desse velho elfo. Vejamos se hoje descobrimos quais são os verdadeiros monstros.

O ELENCO

  • Leaf - Bardo - Elfo
  • Axios - Guerreiro - Minotauro
  • Kaz - Guardião - Orc
  • Catarinna - Feiticeira - Humana
  • Valna - Clériga - Elfa
O ENREDO

Bom onde foi que eu parei mesmo... Ah sim! logo depois que descobrimos que estávamos no casco de uma tartaruga a elfa que Axios carregava acordou... Como assim que elfa? É lógico que eu havia falado dela, em um dos vis laboratórios, desacordada mas, ainda de armadura uma serva da luz.

Bom aceitamos nosso destino, nada poderia mudar a rota que o titã que nos carregava havia decidido seguir. Em nossas silenciosas orações pedíamos que ela não submergisse, e nem que resolvesse passar semanas em alto mar.

Enquanto o tempo passava Axios falava de seus reinos distantes. Falava sobre uma triste terra que enfrentou a ira de uma tempestade escarlate. De deuses esquecidos... como é mesmo... Ah sim! Alihana! Isso Alihana havia enviado aquela tartaruga até nós. Mesmo temendo pela sanidade de nosso centurião preciso dizer que suas histórias me entretinham.

Passado algum tempo percebemos que nossa guia seguia para o norte, contornando alguma coisa. Pedi a Axios para subir em suas costas para enxergar ao longe. O rosto de nosso nobre guerreiro se transformou ao ouvir minha sugestão, dentes serrados, músculos retesados, olhos em fúria: "Ninguém monta em um centurião de Tapista" bufava nosso guerreiro, e se afastou de nós. Parece que todo aquele couro endurecido pelo combate esconde um coração e cetim. De certa forma agradeço esse bom coração pois, o sorriso zombeteiro deste que vós fala teria se tornado um adorno para o machado de Axios. 

Ainda assim, avistei ao longe um vórtice, que bom que o gigantesco animal decidiu por contornar e não enfrentar a fúria do oceano.

Tudo ocorria com a monotonia de uma tarde de domingo. Até que alguns tubarões se aproximaram de nós. Os tubarões eram conduzidos por seres humanoides escamosos com guelras e tridentes pareciam fruto de um pesadelo. Nós atacaram com ferocidade mas, estamos aprendendo a combater em conjunto.

Pedradas certeiras de Kaz, machadadas devastadoras de Axios e a luz causticante de Valna encerraram a vida de nosso atacantes.

Mais algum tempo de viagem e finalmente no cair da noite do segundo dia chegamos a terra firme. Foi bom aportar, o medo de ficar a deriva corroía minha alma e meu estômago.

Porém, nada é tão simples quanto parece. O pequeno salto necessário para desmontar de nossa embarcação se mostrou uma distância intransponível para o minotauro. E... olha como é difícil convencer 150 quilos de músculo a fazer algo que não quer. Com muito jeito, e tratando nosso gigante como uma criança, Valna conseguiu fazer com que Axios finalmente aportasse.

Não tivemos muito tempo para fazer troça de nosso companheiro. Até porque estamos em uma terra desconhecida. Precisamos de abrigo, precisamos de saber onde estamos, precisamos de... Civilização.

A tartaruga nos deixou em um gruta, em sua primeira reentrância não havia nada para ver, entretanto haviam dois outros caminhos. Entramos no primeiro a nossa direita.

E fomos recebidos por criaturas demoníacas, vindas das brumas de algum deus esquecido por suas perversidades. Bípedes com cascos e bicos. Conjurando bolas de fogo e arremessando armas sobre nós.

Nós preparamos para o combate, ainda que nosso principal homem de armas se recuperasse do "gigantesco" salto para terra firme. Recuperada, no entanto, e até mesmo diria sedenta por combate Catarinna lançou seus encantamentos, seus olhos brilhavam e eu posso jurar que a ví flutuar.

As criaturas se lançaram contra nós. De certa forma até senti um pouco de pena delas. Poderiam ser baronesas naquelas terras mas, frente um grupo armado e disposto ao combate não resistiram.

Na caverna haviam ovos gigantes....

O que haviam nesses ovos? E o outro caminho? Se acalme aventureiro, boas histórias são como um grande jantar devem ser saboreadas e não devoradas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

A Fuga para o Oceano

Olá viajante meu nome é Leaf e se pagar uma bebida uma história posso contar. Essa história ocorreu a muito tempo no tempo que este velho elfo ainda se aventurava em busca de riqueza e glória.


O ELENCO

  • Leaf - Bardo - Elfo
  • Axios - Guerreiro - Minotauro
  • Kaz - Guardião - Orc
  • Catarinna - Feiticeira - Humana

O ENREDO

Despertei em uma prisão pútrida, apenas a escuridão e a fome eram meus companheiros. Após recobrar completamente a consciência percebi que não estava sozinho. Ainda que não houvesse ninguém em minha cela consegui ouvir vozes pelo corredor. Uma voz grave urrou por um deus esquecido e o que se seguiu foi um enorme estrondo, forte o suficiente para que nosso carcereiro viesse fazer troça de nós, mas, não o suficiente para derrubar os gradis.

Ainda que não conseguisse ver ninguém haviam pelo menos 4 vozes. Uma era grave impossível de ser produzida por uma garganta humana, a outra apresentava o característico pigarro dos Orcs, uma voz feminina, e a última que parecia resignada com seu destino. Nenhum sabia ao certo como haviam chegado ali, porém todos buscavam por uma maneira de sair. 

Chequei a porta de minha cela. Sólida demais para arrombar, ainda mais sem minhas gazuas.  

Nosso carcereiro retornou, trazendo alguma comida, leite azedo com algumas sementes. No momento em que experimentamos notamos o gosto do sangue dissolvido na mistura.  Pragas foram respondidas com zombaria pelo nosso carcereiro. 

Esperamos que ele se retirasse. Então começamos a escutar um encantamento e para a nossa surpresa nossas celas se abriram, revelando a todos quem era cada um. Como esperado havia um Orc e uma mulher, mas, o terceiro prisioneiro era... um monstro! Homem com a cara de um touro, a surpresa em seu aspecto só não foi maior do que no momento em que começou a falar, com até mesmo um toque de elegância. 

Revelou-se, no entanto, um homem bastante atormentado. Acredito que tenha sido amaldiçoado pois, falava em deuses pagãos e cidades que não existiam. 

Não é momento para frivolidades nem espantos, nosso misterioso bem-feitor nos indicou uma passagem secreta na cela antes ocupada pelo orc. Abrimos e nossos sentidos forem golpeados pelo horror que ali se instalara. 

O odor fétido de diversos corpos ainda em decomposição, amontoados como se nunca houvessem sido pessoas que um dia foram amadas, um dia foram desejadas. Em meio aos corpos encontramos nossos equipamentos, e não é que para a minha surpresa o monstro, que aliais se chama Axios, possuía uma armadura, uma armadura de centurião, com pompa e elegância. Peguei meu alaúde e meu arco, e com repulsa vesti a armadura impregnada de sangue e restos. Nossos equipamentos estarem ali eram apenas um prenuncio que nossos corpos também ali ficariam. 

Nos equipamos e atravessamos uma passagem ao leste e nosso espanto apenas cresceu. Um laboratório da mais profana arte arcana... Necromancia! Sangue, serras e partes de corpos, corpos sobre as mesas tudo imundo e pútrido, mostrando o quão grande pode ser a depravação de um ser que procura apenas poder. 

Tentamos ignorar, mas, não conseguimos, os corpos se levantaram e nos atacaram. Feroz e famintos, removidos de seu sono eterno precisavam de carne para sobreviver. Um combate feroz em que Catarinna se revelou uma habilidosa feiticeira, raios trovejaram sobre os monstros enquanto Axios habilmente a protegia usando seu escudo. 

E como é difícil convencer aquilo que já está morto a morrer, quase perecemos, mas, não dessa vez. Outra sala, outro portal abismal para a depravação humana, outros corpos que se levantam mais uma batalha. Algo chama a atenção Kaz prefere rebater pedras com seu taco do que usá-lo diretamente no crânio de seus inimigos. 

Bom a este elfo não cabe classificar as habilidades de cada um, só preciso dizer que embora peculiar a técnica se mostrou bastante eficaz. 

Saindo pelo norte da sala chegamos em um corredor, finalmente um cômodo limpo. Duas portas a oeste e uma porta ao norte. Na primeira porta ao norte tivemos um vislumbre de onde estávamos. Mercadores de mortos-vivos, porcos que trocaram sonhos de alguns por algumas moedas de ouro. Conseguimos um mapa do lugar e decidimos sair o mais rápido possível dali. 

Ainda que alguns quartos me chamassem a atenção Axios me trouxe a razão, é momento de sobreviver e não de ambição.  

Seguimos passando antes pela biblioteca onde encontramos o que eu acredito ser outro prisioneiro. Bom seja quem for nos entregou um molho de chaves e uma ferramenta estranha que ele disse que seria necessária para que fossemos embora. 

Utilizando as chaves abrimos a porta ao norte do corredor. E ficamos vislumbrados com uma maravilha arcana. Uma luz púrpura preenchia toda a sala, símbolos arcanos no chão e um portal em seu centro. Do outro lado do portal três destinos foram apresentados, uma floresta com frutos suculentos, um vulcão em chamas e um céu sem fim. Utilizando a ferramenta que nos foi dada escolhemos a floresta e atravessamos o portal que se fechou em nossas costas. 

Finalmente luz do dia! A fome levou Axios a experimentar rapidamente uma das frutas que se mostrou deliciosa e suculenta. Comemos, estávamos famintos, mas, ainda sim apenas uma maçã foi suficiente para nos deixar satisfeitos. 

Começamos a explorar a floresta e descobrimos que estávamos no casco de uma tartaruga! 

Aventureiro a noite se alonga e a garganta seca, talvez seja momento de outra bebida para que essa história de elfos e monstros possa continuar.

Lá e de volta outra vez

Toda boa história, precisa de um final O ELENCO Leaf - Bardo - Elfo Axios - Guerreiro - Minotauro Kaz - Guardião - Orc Catarinna - Feiticeir...