Olá aventureiro, veio se saborear do meu banquete de memórias? Pegue uma banqueta, me pague uma taça de vinho e mantenha as orelhas atentas aos meus contos.
O ELENCO
Leaf - Bardo - Elfo
Axios - Guerreiro - Minotauro
Kaz - Guardião - Orc
Catarinna - Feiticeira - Humana
Valna - Clériga - Elfa
O ENREDO
Retornamos para a enseada e contornamos a montanha, encontramos apenas uma ostra gigante, dentro dela, no entanto, uma pérola valorosa ainda mais quando se pode utilizá-la para descobrir os encantos contidos na varinha que havíamos tomado das tartarugas. Voltamos para a caverna e eu comecei a preparar o ritual… Hehe… pois é esse elfo não vive somente de insultar seus adversários, sei um, ou outro encanto de verdade.
Enquanto identificava a varinha via Axios sucumbiu à loucura. Novamente invocando seus deuses esquecidos, terras inexistentes, ele travava uma luta a fim de descobrir onde estávamos. Além de suas divagações, o minotauro também encontrou uma passagem pela caverna.
O estreito corredor logo se transformou em um grande átrio. Duas celas pendiam do teto, e em uma delas uma mulher em vestes cerimoniais. Axios logo se prontificou a destruir a cela, eu já havia notado que o metal seria duro demais, retornei ao esconderijo das tartarugas e consegui algumas ferramentas para forçar a fechadura da cela.
Libertamos a mulher e vasculhamos a cela, encontramos um pequeno alforje com algumas peças de ouro. Axios me entregou dizendo - Veja Leaf, Tibares - Ao abrí-lo no entanto, vi moedas que nunca havia visto antes, estendi uma ao guerreiro perguntando se era um Tibar recebendo uma negativa como resposta.
A prisioneira estava com pressa, se chamava Maria, pertencia a um templo próximo ao leste de onde estávamos. Toda pressa me gerou desconfiança e tentei enfeitçá-la, no que acredito, ter falhado miseravelmente, logo, logo revelo porque.
Ela nos guiava até o seu templo. Lá poderíamos falar com seu mestre o Beato Salú que conhecia as cidades da redondezas e poderia nos indicar um caminho.
Finalmente chegamos ao templo. Um pequeno templo dedicado a Ezhar e depois de tanto tempo o mundo parecia fazer sentido para Axios, Azgher segundo ele o deus do Sol de seu mundo. Sim os nomes são próximos mas, não são as memórias se confundindo nesse velho elfo. Ainda que os acólitos dissessem Exhar Axios insistia em ouvir Azgher. Acredito que a condecendência não seja o traço mais forte do povo de Tapista, como Axios se referia a sí próprio.
Sua felicidade se tornou desconfiança ao ele entrar no templo. Muito fechado para um templo do Sol. O mesmo olhar de desconfiança estava no semblante de Valna. Eu e Catarinna havíamos aceitado nosso infortúnio e só queríamos chegar logo em um vilarejo.
Kaz e Axios ficaram muito incomodados e se detiveram nas portas do templo. Lá dentro um culto era presidido pelo Beato Salu. Que insistia em vociferar sem parar até que a noite subisse.
Foi quando o sacerdote disse algo como - O erro de nosso Deus foi trazer criaturas de outro mundo- O que disparou um frenesi em nosso guerreiro. Bufando do fundo do templo ele entrou gritando - Não são clérigos de Azgher, clérigos de Azgher não oram a noite, são clérigos de Aharadak, malditos profanadores, adoradores da Tormenta - Kaz o acompanhou em sua investida.
A porta se fechou e o Beato Salú e suas adoradoras nos atacaram, Maria nos traiu, não havia como ter sido enfeitiçada. Dizem que matar homens e mulheres santas trás má sorte, principalmente para os que morrem, não é mesmo?
Kaz invocou algum sortilégio e seu taco se tornou enorme! Infelizmente a nova clava desbalanceada retirou o equilíbrio de Kaz que fez alguns ataques sem muita eficácia. Axios investiu contra o Beato Salu, Eu Catarinna e Valna fomos cercados pelas asseclas.
Catarinna conjurou um feitiço antigo, a sala se encheu com um estrondo jogando as asseclas para longe. Eu e Valna nos concentramos em derrotá-las. Kaz recuperou seu equilibrio e suas bolas certeiras zuniram impulsionadas pelo gigantesco porrete. Axios manteve o Beato Salu isolado e seu poderoso machado em conjunto com as bolas de Kaz puseram fim a vida daquele verme fiel.
Reviramos o lugar, encontramos provisões, e nos fartamos após um longo tempo. Encontramos também uma escrivaninha na qual vimos alguns planos sobre assassinar um clérigo de Azher e a indicação que haveria um vilarejo ao leste chamado Cali. Ah! Um alívio, finalmente civilização, finalmente um lugar para morar e retornar para casa. Porém um quadro da parede retirou minha respiração.
Um mapa, em nada parecido com o meu mundo, tomaria por ser apenas um desenho se não fosse enorme redemoinho ao sul do mapa. E o continente ao seu lado as Ring Islands que Maria havia mencionado rapidamente. Chamei Axios, quem sabe esse não seria seu mundo perdido, novamente ele negou. Yrth estava escrito. Bom sabíamos onde estávamos, havíamos nos encontrado em um mundo perdido.
Continuamos a revirar o local. Encontrei um cofre atrás do altar. Peguei minhas ferramentas e passei a destrancá-lo. Minutos depois o suor já escorria em minha fronte mas, a fechadura persistia. Nesse momento, para minha surpresa, Valna pega minhas ferramentas e rapidamente abre o cofre… Que seminário é esse que ensina a utilizar gazuas? Talvez nossa clériga possua um passado ainda a ser revelado.
Aproveitamos a segurança do templo para descansarmos. No outro dia partimos logo cedo para Cali. Kaz nos guiou, inicialmente não era sequer um caminho, que se transformou em uma trilha que desembocou em uma estrada.
Fomos emboscados por alguns salteadores no meio da estrada. Axios e Valna se uniram para demovê-los da ideia de nos atacar. Passamos por eles e finalmente chegamos em Cali, no momento em que uma caravana partia.
Para onde vai a caravana? O que é Yrth? E porquê uma clériga do sol sabe abrir cofres somente a próxima noite poderá revelar. Até mais aventureiro.
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