Ah... Civilização, como é bom ter uma lareira, um banco confortável para se sentar e um bom vinho élfico para molhar a garganta. Se aconchegue aventureiro assim como quando cheguei em Cali.
O ELENCO
Leaf - Bardo - Elfo
Axios - Guerreiro - Minotauro
Kaz - Guardião - Orc
Catarinna - Feiticeira - Humana
Valna - Clériga - Elfa
O ENREDO
Meus companheiros de viagem tinham pressa, esse elfo... Não. Ora se estamos em um mundo perdido nada como saber que leis regem esse mundo. Fui, portanto, no mais importante prédio da cidade. Um forte? Castelo... Não homem, preciso de verdades incômodas e não sutileza, fui à taverna.
A taverna estava deserta, fui atendido pela taberneira Jenifer. Achei que era um dia ruim mas, ela me disse que aquele era o movimento comum naquela pequena cidade. Se entendi bem, a cidade é praticamente um entreposto entre o continente e aquela pequena ilha, sobrevivendo desse comércio incipiente. Apareceram alguns clientes para o almoço e poucas cabeças após o trabalho, infelizmente um número muito menor do que o necessário para histórias interessantes.
Bom, minha cicerone continuou a me contar como era a cidade. Havia sido fundada nos arredores do forte de um mago. Hoje um elfo sábio herdara a posição de lorde na cidade. Era também a única cidade da ilha. Perguntei sobre outros viajantes perdidos sem entender muito onde estavam, ou que possuíam características peculiares como meu nobre companheiro Axios. Ela respondeu de maneira negativa, disse que poderia encontrar algo do tipo em Megalus, uma cidade no continente que ela me apontou no mapa.
Visto que nosso objetivo agora estava no continente, perguntei se havia algum transporte regular para fora da ilha. Outra negativa, segundo Jenifer as únicas embarcações que aportam e zarpam da cidade são de comerciantes.
Nesse momento entrou na taverna Axios, se o minotauro é dificil de não ser notado agora então era impossível de ignorá-lo. Ele estava radiante, sua força havia sobrepujado um bando de mortos-vivos, segundo ele apenas um degrau para ficar a postos de enfrentar a Tormenta... Um dia descobrirei que tormenta é essa que ele tanto fala.
O mais impressionante é que o provinciano guerreiro finalmente chegara à conclusão que não estava em seu mundo. Portanto eu também estaria longe de Glórien mas, para me alegrar ele havia encontrado um belo alaúde.
Bom... Não sei quem é Glorien mas, já deixei de tentar entender Axios palavra por palavra, confio em seu nobre coração e aprendi a entendê-lo. O alaúde era realmente incrível, toquei uma balada sobre os Aventureiros do Infortúnio, ou seja, nós.
Catarinna, Kaz e Valna também me trouxeram boas novas das criptas que haviam silenciado enquanto eu bebia na taverna. Atento às suas palavras ouvi quando citaram um anão comerciante que estava na cidade. Resolvi então que conversaria com ele sobre uma passagem para o continente. Kaz também tinha negócios no centro da cidade e pediu que eu o esperasse para tratar com anão.
Enquanto aguardava Kaz na porta da taverna ví o mesmo emitir um brado aterrorizante enquanto olhava para o céu:
!!!DRRRAAAAAAGGGGÃÃÃÃÃÃOOO!!!
Joguei-me imediatamente taverna adentro, veja homem coragem se torna tolice quando a outra parte envolvida é um dragão.
Aguardamos alguns minutos. Inicialmente não disse a Axios do que se tratava pois, estava certo que o ousado guerreiro tomaria frente em relação a besta. Kaz veio correndo, ainda atônito pela passagem do monstro. Segundo ele os dragões estavam extintos, sim extintos, aparentemente a loucura de Axios se alastrava. Seja como for, Kaz o descreveu para nós, segundo ele um dragão cuja luz do dia refletia em sua pele. Rapidamente entendi que se tratava de um dragão metálico, bom dos males o menor, dragões cromáticos costumam ser muito mais impiedosos que os metálicos.
Voltamos ao nosso objetivo inicial, fui conversar com o mercador anão, tentei oferecer nosso serviços como seguranças mas, o anão parecia satisfeito com os seus. Não parecia ter muito interesse em nosso ouro também mas, se demonstrou bastante interessado em enviar uma comitiva, que não o incluísse, para a ilha no meio do anel das ilhas. Segundo ele queria comercializar com o dragão.
Olha… Não tenho obrigações com essa terra, mas dragões metálicos são uma verdadeira dádiva, e são raros. E posso jurar que vi o anão hesitar ao dizer a palavra comercializar. Se esse anão deseja fazer algo com esse dragão antes nós ficarmos sabendo para tentar impedir, que deixar que ele contrate mercenários impiedosos. Missão definida e preço definido também. Pela localização do covil o anão nos levaria ao continente principal.
Voltamos à taverna para podermos passar a noite. Catarinna, Kaz e Axios ocuparam os três quartos disponíveis. Eu e Valna passamos a noite no bar. Me comprometi a obter o máximo de informações possíveis da sacerdotisa que abre cofres. E depois de uma noite inteira regada a muita cerveja descobri que Valna deve ter o fígado de um anão.
Raiou o dia e preciso dizer que meus companheiros não deixam de me surpreender Kaz acordou coberto de insetos, disse que havia sonhado e que agora era uno com o grande inseto. Lembro de conferir o fundo de nossas canecas procurando o que raios estavam servindo nessa taverna.
Partimos para a rochosa ilha central. Ao longe já conseguimos ver seus picos enevoados. Ao longe já conseguimos discernir que não se tratava de névoa mas, sim de fumaça tal traço não passaria despercebido de qualquer forma pois, ao aportamos o pungente cheiro de enxofre inundou nossos pulmões.
Iniciamos a subida dos picos, e aqui preciso falar um pouco de Axios. Nosso inconsequente guerreiro investiria contra um demônio, ou, para ficar em suas divagações, um demônio da Tormenta sem pensar duas vezes. Tamanha ousadia porém não pode ser vista a ele subir qualquer coisa maior que um cavalo. O gigante se arrastava, curvo, murmurando e hesitante. Podia se ver um certo terror em seus olhos, sobrepujado apenas por sua força de vontade e coragem. Coragem? Sim coragem meu incauto, aquele que teme e persiste é corajoso, aquele que nada teme é tolo.
Alcançamos o topo de um dos picos. Na verdade chegamos ao topo de três picos, unidos por pontes pendentes. Em um deles uma enorme estátua de dragão de bronze. Abaixo da estátua uma entrada para dentro da rocha. De frente para nós, no entanto, marionetes metálicas. Pequenos dragões com um tilintar de engrenagens, todos de bronze, voando e protegendo os pés da estátua.
Nos atacaram, vomitando fogo, um calor capaz de invocar um lorde do inferno. Este elfo que vos fala chegou a vacilar encerrado, retornado ao pó pelo fogo.
Nós reorganizamos, revertemos o ataque. Catarinna absorveu o fogo das criaturas e o retornou para elas. Axios e Kaz avançaram protegendo os flancos, eu e Valna tratamos de fechar as feridas que eram possíveis.
Machados, tacos e bolas todos soaram no bronze das criaturas. Sua engrenagens foram retorcidas, rodas dentadas empenadas e eles não conseguiram mais se manter. Pouco a pouco todos foram destruídos mas, não sem custo. A ira dos monstros nos custou parte de nosso vigor. Resolvemos nos reagrupar no sopé da montanha descansar e depois avançar novamente.
Ao retornar pedi que esperassem um pouco enquanto eu vasculhava a entrada abaixo do dragão. Qual não foi a minha surpresa quando Valna se voluntariou para me acompanhar.
Entramos no que parecia ser as entranhas de um monstro de metal. Uma criação que deixaria até mesmo o maior gnomo artífice de Lantan sem palavras. Dentro cinco criaturas, autômatos de bronze guardavam a entrada.
Valna e eu retornamos, não teríamos chance entrando naquele átrio de metal e engrenagens. Resolvemos atraí-los para fora. Para isso Axios usou toda a percussão de seu escudo e os atraiu para fora.
Afinal, que criaturas são essas? Quem está produzindo esses monstros de bronze? E para que serve uma estátua em uma ilha deserta?
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