quinta-feira, 11 de março de 2021

Uma Nova Esperança


Vamos depressa para a última porta, e os sortilégios do covil de um mago...


O ELENCO

Leaf - Bardo - Elfo
Axios - Guerreiro - Minotauro
Kaz - Guardião - Orc
Catarinna - Feiticeira - Humana
Valna - Clériga - Elfa


O ENREDO


Avançamos para a última porta, do lado oposto ao que havíamos entrado. Antes de abrí-la verifiquei a fechadura e pude constatar alguns esporões de veneno. Tentei desarmar mas, falhei, Valna então se prontificou e a desarmou facilmente. As vezes penso que o propósito de vida da elfa seja zombar os demais elfos, pelo menos não sou o Reston! Por fim, destranquei a fechadura e Axios se posicionou para abrir a porta.


Do outro lado uma sala grande, ainda mais ampla que o corredor onde estávamos. Nela repousavam seis estátuas, e uma grande runa no chão à nossa frente. As estátuas se destacavam em meio ao ambiente empoeirado, resolvemos então tentar quebrá-las rapidamente, aventureiros tem manias rudes mas, antes de julgá-los, você já foi atacado por uma? No momento que Axios pisou sobre a runa ela começou faiscar, duas estátuas do fundo da sala viraram pó. As duas porém despertaram de seu sono perpétuo.

Já tendo pisado sobre a runa Axios sequer deteve o movimento, avançou brutalmente sobre uma das estátuas, e ainda que cada golpe do machado fosse acompanhado por dezenas de faíscas a pele rochosa do monstro resistia. Kaz foi o segundo a entrar, mas foi devorado por um buraco escondido no solo. Catarinna, Valna e eu mantivemos distância. Reston, sempre “motivado” por Valna se revelou um mago até poderoso, mais importante que isso nos mostrou que as estátuas eram vulneráveis a magia.

Catarinna e eu então começamos a usar as artes arcanas para ferir as estátuas. A Axios restava apenas bater com mais força. Kaz saiu do buraco e começou a disparar suas bolas certeiras contra as estátuas.

Conseguimos! Talvez pela desconfiança inicial estávamos bem posicionados e não foi derramado sangue em vão nesse combate.

Partimos então para verificar as demais estátuas, enquanto Reston verificava a Runa. Na sala havia três portas, uma ao norte, outra ao sul e uma em continuidade ao corredor. Axios tentou arrastar uma delas mas, por mais que o titã empregasse toda sua força ela permanecia imóvel. Foi então que Kaz levantou a outra estátua com apenas um dos braços. Axios ficou furioso e passou a usar ainda mais força contra seu algoz de pedra. Foi então que Kaz viu uma runa no solo subiu sobre ela. Nesse instante o Axios passou a mover a estátua. E revelou uma passagem secreta. Na sala oculta um grande tesouro.

Fui até lá ajudar a juntar as peças de ouro, e na verdade fui surpreendido quando cheguei com Valna já enchendo sua mochila, eu tinha certeza que ela havia ficado para trás com Reston, ela deve ter algum imã para ouro …

Enfim entramos na sala sul, como sempre verifiquei a porta, nenhuma armadilha, abrimos e vimos uma biblioteca. Meu modo incauto se apossou de mim novamente, avancei rapidamente sobre a estante, esperando livros raros, poderosos, com a história daquele lugar, sortilégios mas, obtive sangue!

Mais exatamente meu sangue! Os livros criaram vida! E suas páginas afiadas dilaceram minha pele. Recuei rapidamente, Axios sempre de prontidão tomou a vanguarda em conjunto com Kaz.

Mais uma vez o combate se irrompeu e mais uma vez vencemos. Axios terminou o embate resoluto de como cultura e livros são perigosos. Meu poderoso amigo realmente não tem entre seus maiores músculos o cérebro.

Terminado o combate vasculhamos a sala e obtivemos tesouros importantes! Entre eles um pergaminho de teleporte, o qual Reston apontou que poderíamos usar para retornar ao nosso cativeiro original desta terra e sabendo operar o portal poderíamos voltar para casa.

Entramos no quarto do meio, e para nossa surpresa era um quarto de mulher! Com roupas finas, perfume e até mesmo uma gargantilha. Uma bela cama de casal e um grande espelho. Quando olhamos para o espelho conseguimos ver do outro lado uma criatura decrépita, esquelética nos fitando com suas orbes vazias. Catarinna então tentou se disfarçar da proprietária do quarto para ver se a criatura falaria algo. Nada adiantou, a figura apenas fitava a feiticeira que perdeu a paciência da brincadeira e nos adiantou para a última porta.

Abri a fechadura e enquanto Axios se preparava para abrir a porta notei a falta de Valna e Reston. Perguntei a Kaz que apontou a porta do quarto fechada. Bom … Espero que consigam resolver toda a tensão de sua relação.

Entramos em uma sala, diferente das demais estava limpa com nichos de luz. A direita um altar com um cálice de prata sobre ele. A esquerda uma pentagrama de prata fundido ao solo. Antes que Axios avançasse, Catarina o deteve com um gesto - É uma sala de invocar demônios, cuidado - disse ela. Resolvemos então que o melhor era apenas Catarinna e eu vasculhar a sala. Entenda se o assunto é quebrar ossos Axios e Kaz são de longe os eleitos mas, não queríamos nenhum toque em lugar errado, então é melhor manter o touro, não conte a Axios, fora da loja de cristais.

Vasculhamos da melhor maneira sem encontrar nada. Resolvi trancar novamente a porta, algumas coisas devem ser cerradas para nunca mais serem usadas.





Aguardamos até que Valna e Reston saíssem do quarto. Reston trazia um sorriso no rosto, Valna… nem tanto assim. Bom, todas as noites são iguais, os meninos estão satisfeitos e as meninas querem mais.

Com o pergaminho de teleporte em mãos havíamos atingido nosso objetivo era hora de voltar para a cidade.

Ao sairmos do covil, Valna avistou ao longe o dragão de vapor. O dragão atacava um barco voador. Nesse momento nosso sempre tardio Reston lembrou-se que existem naus capazes de navegar entre planos e dimensões. Quando perguntado porquê só agora havia dito isso, respondeu que essas naus são tão raras que ele achou que não valia a pena. Raro… Sério, talvez tão raro quanto um minotauro centurião de um grande reinado junto com um orc rebatedor que comanda insetos? Enfim, agora que ele havia feito as pazes com Valna não seria eu a caçoar o elfo.

A batalha terminou com a destruição da nau. Fomos então em busca de sobreviventes. Chegamos aos destroços, encontramos quatro corpos. Foi então que Kaz avistou, e eu juro que essa parte é verdade, um Hipopótamo, não o animal bípede com vestes de capitão, e ainda falava.



Ele era um almirante, comandante daquela nave, mais exatamente Almirante Porter Casanate. Um comerciante entre mundos. Ele já havia passado pelo Forte da Vela em Faerun, visto as muralhas de Tapista, o reino de Axios. Finalmente alguém que poderia compreender o minotauro.

Voltamos para cidade. Com o pergaminho poderíamos voltar para o local onde estávamos encarcerados. Ainda tínhamos a chave para operar a máquina cuja Reston disse ser capaz de operar. Faltavam um mapa e alguém que conhecesse os caminhos entre planos.

Porter era um grande conhecedor de viagens interplanares, quanto ao mapa vamos apostar que onde existe uma máquina de planos também exista um mapa de planos.

Terá a aposta sido muito alta? Porquê Reston deseja se arriscar por nós? Paixão? Seriam os afagos de Valna assim tão poderosos? Essa é uma história para outra noite.


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Lá e de volta outra vez

Toda boa história, precisa de um final O ELENCO Leaf - Bardo - Elfo Axios - Guerreiro - Minotauro Kaz - Guardião - Orc Catarinna - Feiticeir...